Eletrobras em Nova York mostra que capitalização acontecerá como parte do processo de privatização da empresa
Na última sexta-feira (16), uma operação de capitalização da Eletrobras, prevista como parte de um processo para a sua privatização, também deverá ocorrer na Bolsa de Nova York. A afirmação é do presidente da estatal, Rodrigo Limp.
Eletrobras em Nova York – mercado americano
Para ele, a oferta no mercado norte-americano faz sentido para os negócios da estatal, uma vez que a Eletrobras possui ADRs (American Depositary Receipt) no país. Em evento no Rio de Janeiro, ele afirmou a jornalistas:
“Temos ações e ADRs em Nova York. Está prevista a operação também lá.”
Bolsa de Madri
Além de Nova York, Limp disse ainda que a empresa brasileira possui papeis na Bolsa de Madri. Porém, sua participação nesta cidade é considerada pouco expressiva. Entretanto, o executivo ponderou que a contratação de um sindicato de bancos para definir como será a operação de capitalização ainda será feita.
Processo de privatização da Eletrobras
Além disso, a capitalização acontecerá como parte do processo de privatização da Eletrobras. Com isso, será realizado um aumento de capital social, que inclui renúncia do direito de subscrição de ações pela União, que assim terá diluída sua fatia de 61% na empresa.
Emissão de ações
Por outro lado, a previsão do governo federal é que a emissão de ações aconteça até o primeiro bimestre de 2022. E até lá, deverão ser realizadas as definições de premissas fundamentais à modelagem da privatização pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).
Modelagem da operação de capitalização
Já a modelagem da operação de capitalização pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá concluir até o setembro. Mas após aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União) e Assembleia de Acionistas.
Além disso, o presidente da Eletrobras disse considerar o cronograma “desafiador”, mas que o prazo é viável.
Eletronuclear
O processo de privatização prevê a criação de uma estatal para abrigar a Eletronuclear. Esta deve ser capitalizada e deverá contar ainda com posição minoritária da Eletrobras, segundo Limp.
“É possível que a gente continue sócio da Eletronuclear, esse é um panorama bem possível.”
Por fim, o presidente afirmou:
“Teremos menos de 50 por cento, mas depende do aporte que será feito pela nova empresa ou pela União. O aporte ainda não está definido, o que tem se pensado é numa empresa nova estatal aportando na Eletronuclear e diluindo a participação da Eletrobras.”
*Foto: Divulgação