Retomada econômica nacional, segundo o ministro Paulo Guedes, o país está pronto para ser alicerce da segurança alimentar e energética global
Na semana passada, o ministro Paulo Guedes fez quatro explanações em reuniões do G20. Apresentou aos representantes do Grupo dados sobre o ritmo de crescimento do Brasil, com resultados que superam as projeções de agentes nacionais e internacionais. Além disso, alertou que o país está em processo de transição para se solidificar como uma “economiadigital e verde”. E também para ser alicerce da segurança alimentar e energética global. E ainda falou sobre o processo de acessão do Brasil à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como fator que impulsiona a modernização da economia brasileira.
Retomada econômica nacional
Segundo indicou Guedes, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 3% em 2022 e seguir assim por um longo período à frente. Porém, destacou que os resultados da economia do país estão provocando revisões constantes das estimativas de diversos agentes, como ocorreu com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que ampliou a projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2022 para 2,8%, ante 1,7%, conforme indicado na estimativa anterior, de julho.
Durante o G20, o ministro apontou diversos dados para contextualizar a dinâmica de crescimento da economia do país, mesmo sob uma conjuntura externa adversa. Mostrou que o gasto público caiu de 26% para 18,7% do PIB e que a taxa de desemprego caiu de 14,9% para 8,9%, com a criação de mais de 17 milhões de novos empregos nos últimos dois anos. E disse também que a relação Dívida/PIB está em torno de 77%, ou seja, o mesmo patamar do período anterior à pandemia.
Investimentos na retomada econômica nacional
Em relação ao estoque de investimentos privados já contratados, serão mais de US$ 200 bilhões nos próximos 10 anos, e assegura a manutenção do ritmo de expansão brasileira.
Além disso, advertiu que a atração de investidores somente foi possível por conta das mudanças regulatórias feitas em setores como infraestrutura e energia. O ministro pontuou que a convergência brasileira para as melhores práticas, como parte do processo de adesão à OCDE, está alinhada à agenda de reformas, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios.
“O Brasil apoia fortemente as discussões na OCDE, inclusive para abordagens de mitigação de carbono.”
Economia mundial
Sobre o novo panorama da economia mundial, de transição para um futuro mais verde, o Brasil conta com vantagens competitivas, como uma legislação ambiental rígida e a capacidade de produção de energia limpa. Todavia, uma mudança recente foi o desenvolvimento de um mercado de carbono regulado internamente, que ajudará o país no cumprimento de metas climáticas e, simultaneamente, fortalecer a economia doméstica. Em referência à guerra na Ucrânia, reforçou que a paz seria a ação mais efetiva em prol da segurança alimentar e energética global.
“O Brasil tem o que há de mais renovável e flexível, uma matriz energética diversificada e vamos cooperar na direção certa com todos vocês.”
G20
O Grupo representa quase 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da população do planeta. Foi criado em 1999, em resposta às crises financeiras no México (1994), na Ásia (1997) e na Rússia (1998). A agenda vai além da esfera econômico-financeira e envolve também temas referentes ao desenvolvimento econômico e social sustentável. Os membros permanentes do G20 são África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e o bloco da União Europeia.
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