Refinaria Landulpho Alves é a primeira de 8 refinarias a ter o contrato assinado
Na quarta-feira (24), o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia. A negociação envolve ainda seus ativos logísticos vinculados à Mubadala Capital por US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 9,1 bilhões).
A refinaria será a primeira dentre as oito que estão em processo de venda a ter o contrato assinado. Vale lembrar que em janeiro a empresa divulgou o início do processo de venda do Polo Norte Capixaba.
Venda da Refinaria Landulpho Alves
A venda da Refinaria Landulpho Alves integra o compromisso firmado pela Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a abertura do setor de refino no Brasil.
Capacidade de 1,15 milhão de barris por dia (bpd)
Além disso, depois de concretizar a venda das oito refinarias, a estatal petroleira continuará com capacidade de refino de 1,15 milhão de barris por dia (bpd). Já o foco será na produção de combustíveis mais eficientes e sustentáveis.
Sendo assim, a Petrobras investirá em tecnologias para tornar as refinarias duplamente resilientes. E isso vale para ponto de vista ambiental e econômico. A projeção é dobrar, em cinco anos, a oferta nessas refinarias de diesel S-10, de menor emissão, e a custos cada vez mais competitivos.
Importância da operação
Sobre isso, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras destacou a importância da operação:
“Hoje é um dia muito feliz para a Petrobras e o Brasil. É o começo do fim de um monopólio numa economia ainda com monopólios em várias atividades. O desinvestimento da Refinaria Landulpho Alves contribui para a melhoria da alocação de capital, redução do ainda elevado endividamento e para iniciar um processo de redução de riscos de intervenções políticas na precificação de combustíveis, que tantos prejuízos causaram para a Petrobras e para a própria economia brasileira.”
Castello Branco reforçou ainda que a empresa não está inovando. Isso porque já tem mais de 10 anos que grandes empresas privadas de petróleo no mundo vêm alienando expressiva parcela de sua capacidade de refino, na busca da maximização do retorno do seu capital.
“A transação satisfaz, sem dúvida, os melhores interesses dos acionistas da Petrobras e do Brasil.”
Mantendo empregos
Contudo, a empresa afirmou que nenhum funcionário será demitido com a transferência do controle da refinaria para o novo dono.
Por outro lado, os funcionários que optarem por permanecer na companhia poderão pedir transferência para outras áreas. E ainda há a possibilidade de adesão a um programa de desligamento voluntário, com pacote de benefícios.
Desinvestimentos
Por fim, sobre os processos de desinvestimento, eles vêm sendo conduzidos com transparência e respeito aos funcionários. Além disso, divulgam interna e externamente as principais fases do processo e dá todo o apoio aos profissionais envolvidos.
*Foto: Divulgação