A escolha do concurso ideal envolve optar por uma área única, de modo que as disciplinas que caem nas provas são praticamente as mesmas e isso facilita na hora de estudá-las
Muitas pessoas sonham com a famosa estabilidade financeira e de trabalho que, em sua maioria, os concursos públicos podem oferecer. Portanto, os concurseiros acabam cometendo o erro mais comum: prestar qualquer tipo de certame. Ou seja, estudam disciplinas bastante diferentes entre si e que, consequentemente, geram confusão em sua assimilação. A seguir, você poderá identificar algumas dicas de como escolher o melhor concurso para prestar.
A escolha do concurso ideal
Antes de qualquer coisa, a escolha do concurso ideal envolve focar em uma única área, de modo que as disciplinas que caem nas provas são praticamente as mesmas e isso facilita na hora de estudá-las.
Isso porque os certames são divididos por áreas. Ou seja, órgãos e entidades que executam atividades similares e têm alguma correlação. Sendo assim, elas são agrupadas em uma única área.
Portanto, não adianta, por exemplo, querer prestar um concurso para ser policial e também querer estudar para processos seletivos para ser um auditor fiscal da Receita Federal. As disciplinas são completamente diferentes.
Entenda melhor sobre as áreas
Confira exatamente o que cada área significa e abrange.
Área administrativa
É bastante comum cair nos concursos a área administrativa que engloba cargos de níveis médios e superior. Além disso, é possível encontrar oportunidades dessa área em todas as esferas de poder. Costumam ser bastante atrativas pelo grande número de vagas previstas.
Área Fiscal
São processos seltivos voltados à fiscalização e auditoria fiscal. O mais conhecido deles é o da Receita Federal do Brasil (RFB). A Receita representa o Fisco Nacional. Porém, também há os Fiscos Estaduais (ICMSs) e os Municipais (ISSs).
Os certames dessa área são em sua maioria para o cargo de Auditor Fiscal. Mas ainda é possível optar por escolher um concurso para cargos de Analista, como acontece na RFB. E a principal função desses cargos é atuar na fiscalização de tributos, segundo a esfera em que estão inseridos.
Área policial
São concursos da Polícia Federal – PF, Polícia Rodoviária Federal – PRF, Polícias Civis e Militares, Guardas Municipais, e ainda os de órgãos de inteligência como a ABIN.
Mas também há grande número de vagas ofertadas e com a aplicação de Teste de Aptidão Física – TAF. É preciso ter um bom condicionamento físico para exercer as atividades inerentes ao cargo pretendido. O certame da PF é mais concorrido que o da Guarda Municipal. Portanto aqui é exigido um preparo diferenciado.
Área de Controle e Gestão
Tratam-se do Tribunal de Contas da União – TCU, os Tribunais de Contas Estaduais, os Tribunais de Contas Municipais (que são poucos) e as Controladorias.
Já na área de Gestão, os cargos são para Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, que podem aparecer com outro nome dependendo do órgão.
Esses órgãos atuam com o exercício do Controle Externo sobre os atos praticados pela Administração Pública, e no caso das Controladorias, sua função precípua é fazer o Controle Interno.
Área de Tribunais
Pode ser o que mais oferecem vagas por conta dos Tribunais de Justiça do Trabalho, Eleitoral, Militar. Há divisão entre esferas federal e estadual. Geralmente, são dois tipos de cargo: Técnico Judiciário (nível médio), e o de Analista Judiciário (nível superior em diversas áreas).
Área legislativa
Diz respeito ao Senado e à Câmara dos Deputados. Além das Assembleias Legislativas, nos estados; e as Câmaras Municipais, em cada município.
Os servidores atuam em atividades parlamentares e os principais cargos são o de Consultor Legislativo, que normalmente é de nível superior com alguma formação específica, e o de Técnico Legislativo, de nível médio ou técnico.
Área Bancária e Financeira
São modos distintos de preparação, assim como na área de tribunais. Na parte bancária, são os bancos mesmo: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BRB. E na financeira: Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central do Brasil – Bacen e Tesouro Nacional.
Apesar de estarem inseridas no mesmo assunto, são entidades com atuação diversa. Sendo assim, o estudo para bancos é diferente do estudo para as autarquias financeiras (CVM, Bacen e Tesouro Nacional).
Área jurídica
É necessário diploma universitário em Direito. Os cargos mais saltos desta área são: Juízes, Promotores, Defensores públicos e Procuradores.
No entanto, aqui o estudo deve ser direcionado para um cargo específico, pois cada certame possui suas peculiaridades.
Nível de escolaridade e formação
A escolha do concurso ideal também envolve o nível de escolaridade e formação. Isso porque muitos cargos exigem nível superior e a maior parte pode pedir a formação em uma área específica. Em suma, as carreiras jurídicas possuem como pré-requisito a formação superior em Direito.
Porém, há cargos que exigem somente o nível médio, assim como também a formação superior em qualquer área. Com isso, é necessário analisar se a área pretendida possui oportunidades para sua formação, ou se ainda vale a pena tentar um cargo de nível médio mesmo tendo concluído uma pós-graduação.
Sendo assim, outro exemplo é observar que a carreira de tribunais conta com excelentes salários para cargos de nível médio. Enquanto isso, os certames municipais podem oferecer vagas para um cargo de nível superior com salários bem menos atrativos. Ou seja, aqui é importante avaliar com calma e qual é o seu contexto de vida: quais são as melhores oportunidades e assim seguir com os estudos.
Como escolher o concurso após definir a área?
Essa parte requer identificar quanto você quer ganhar e qual sua afinidade com a área. Feito isso, encontre um cargo que atenda sua pretensão salarial e que você goste de exercer esta funcção pelos próximos 20 ou 30 anos.
Mas também a remuneração não precisa ser tão alta, mas é importante que você goste do cargo. Além disso, esta afinidade pode estar ligada à sua vontade em estudar mais ainda durante os momentos difíceis.
E caso esteja estudando para algo que não se identifique é melhor rever seus planos para não cair em uma escolha arriscada demais.
Mudança de cidade
Outra pergunta importante a se fazer é: estou disposto (a) a mudar de cidade? Muitos órgãos têm postos de trabalho em apenas alguns municípios do país, já previamente definidas. Por outro lado, onde o servidor possa ser alocado em qualquer ponto do Brasil, ou seja, pode exigir do aprovado uma mudança de cidade ou até mesmo de estado.
É preciso se quuestionar se ficaria bem saindo de sua zona de conforto, da família, ou se não gostar da cidade. Pese tudo na balança.
Conhecer bem o cargo
Por fim, após todas essas análises e ponderações, se a pessoa ainda estiver em dúvida sobre qual carreira seguir, a dica é: converse com alguém que já trabalhe na área pretendida.
Verifique como é o dia a dia no órgão, suas rotinas de trabalho, perspectivas da carreira, etc. Com isso, terá mais segurança sobre qual caminho pretende percorrer.
*Foto: Divulgação