Inovação aberta envolve melhorias para o município, cidadãos e empresas locais
Fale em inovação pode remeter a empresas privadas, tecnologias e investimentos. No entanto, inovar é realizar algo de modo diferente, novo, reduzindo assim custos e gargalos operacionais. E isso também aumenta a eficiência da equipe, focando naquilo que realmente importa.
Inovação aberta
Além disso, o que realmente importa na inovação aberta é o de gerar melhorias para o município, para seus cidadãos, para empresas locais. Contudo, também envolve como a prefeitura fomenta tudo isso, por meio deste centro de inovação a criação de empregos e renda. E ainda devolvendo em serviços aos cidadãos os impostos pagos por eles.
Por outro lado, várias empresas prestam serviços de consultoria de inovação aos municípios, e milhares, e às vezes até milhões de reais são destinados a estas consultorias, que no fim apenas entregam um relatório de diagnóstico dos problemas.
Segundo Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures:
“Nós queremos a solução e a operacionalização da solução. Dinheiro que poderia estar sendo revertido em prol da população, sendo gastos em relatórios que ficarão nas gavetas, pois os servidores, em sua grande maioria, não estão aptos, e nem possuem conhecimento necessário, para mudar da noite para o dia, sozinhos.”
Startups
Além disso, outro ponto relevante para os órgãos públicos adotarem a inovação e fomentar a mesma no município, que ocorre através do marco legal das startups e do empreendedorismo inovador, vigente desde junho de 2021, pela lei complementar 182, que tem como objetivo o nascimento e crescimento de mais startups no país, trazendo algumas vantagens como ser fornecedor dos órgãos públicos, através de uma modalidade especial de licitação.
Novo modelo
Sendo assim, nesse novo modelo o governo pode contratar soluções experimentais em caráter de teste por até 12 meses, com contratos prorrogáveis por mais 12 meses. São os chamados de Contrato Público para Solução inovadora (CPSI) e têm teto de R$ 1,6 milhão.
Porém, se as soluções sejam efetivas, elas podem ser contratadas posteriormente em um contrato com vigência de 24 meses prorrogáveis para mais 24, sem a necessidade de lançar um novo edital.
Vale destacar que os órgãos públicos precisam aderir de vez à inovação para beneficiar a população. A inovação está presente em todos os setores que são de responsabilidade do governo para com a população, como saúde, educação, moradia, segurança, alimentação e outros mais.
Já na educação há diversos desafios como o novo Ensino Médio, a reforma da BNCC, a inclusão dos alunos com algum tipo de deficiência, seja física seja cognitiva, e todas elas podem ser resolvidas com uma inovação e tecnologia, afirma Ana Paula Debiazi.
Professores e alunos
Educação financeira, robótica, auxílio aos alunos com deficiência. Para tudo há uma metodologia nascida de uma inovação tecnológica para ajudar professores e alunos.
Na saúde, desde os problemas com filas de espera, cadastros, gerenciamento de prontuário, localização de imobilizados e até médicos, tele atendimento. Além dos diagnósticos mais precisos e a biomedicina evolutiva, são resolvidos com inovação e tecnologia.
O dever da gestão pública
Todavia, a gestão pública pode e deve ser mais eficiente para atender às necessidades da população. Os investimentos públicos nesta área devem ser direcionados ao desenvolvimento econômico, à geração de emprego e renda.
Mas como fazer isso? Ao utilizar metodologias que tem por objetivo fomentar os setores da sociedade civil, empresas e corporações da região, governo e institutos de ensino. E ao fomentar todas essas áreas, é possível potencializar os resultados das práticas de inovação desenvolvidas, e assim, criar um ecossistema propício para o desenvolvimento e crescimento de startups na cidade.
Living Lab
“O município deve se tornar um Living Lab, um Laboratório de Inovação vivo, transformando toda a cidade em um habitat de testagem e prototipagem de soluções para aquele local. Ele deve se unir às empresas locais, entendendo seus problemas e necessidades, desde mão de obra até tecnologias, e junto com as universidades e escolas locais trabalhar para o desenvolvimento de pessoas, para a criação e testagem de tecnologias direcionadas à sua economia local.”
Portanto, os centros de inovação devem atender à comunidade local com laboratórios de robótica para que seus alunos possam usar, e também devem fomentar a integração entre as empresas e as tecnologias desenvolvidas naquele local.
Problemas dos municípios
Por fim, os problemas que os municípios enfrentam somados à gestão, sejam processos ou rotinas, passando pelas entregas que devem ser feitas à população, devem ser fomentados pela inovação, estar alocada no município, para que seja convertida em pagamento dos tributos, para que os empregos sejam gerados, tudo isso girando a roda da economia, com pessoas trabalhando, consumindo, empregos gerados, tributos pagos, e o atendimento à população.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Mike Kononov – unsplash.com/pt-br/fotografias/lFv0V3_2H6s)