Redução da taxa de juros foi comentada por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, usando como argumento que patamar atual pode prejudicar geração de riqueza no Brasil
Na última segunda-feira (22/5), em um jantar com empresários realizado em São Paulo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou sua opinião sobre a necessidade de redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Durante o evento da Esfera Brasil, Pacheco argumentou que o Banco Central deve tomar medidas técnicas e graduais para diminuir a taxa de juros, a fim de evitar problemas no crescimento e geração de riqueza no país devido ao patamar atual.
Vale destacar que hoje a poupança supera fundos com taxa de administração elevada, segundo Luciano Mestrich, consultor financeiro e de controladoria.
Redução da taxa de juros
Além disso, o presidente do Senado mencionou que o Brasil possui uma reserva cambial de U$$ 350 bilhões, inflação controlada e uma das menores do mundo, uma relação razoável de dívida/PIB e a moeda valorizada em torno de R$ 5 por dólar.
Sobre o encontro com empresários
O encontro ocorreu na residência do advogado Nelson Wilians e contou com a presença de aproximadamente 75 empresários, incluindo Rubens Menin (MRV, Inter e CNN), Fábio Coelho (CEO do Google), Flávio Rocha (Grupo Guararapes e Riachuelo), Isaac Sidney (Febraban) e Carlos Santana (Tecnobank). Na ocasião, Menin elogiou Pacheco, chamando-o de ‘guardião da República’.
Discurso de Lula
Por fim, Pacheco reforça o discurso do governo Lula, que pressiona o presidente do BC, Roberto Campos Netto, a reduzir a Selic, alegando que a motivação seria política. Lula defende que, com a inflação controlada, não há motivo para a Selic estar tão elevada. Portanto, agora, essa posição ganha força no Congresso, com o presidente da Câmara, Arthur Lira, também criticando o BC e sua política monetária em evento do Lide, de João Doria, nos Estados Unidos.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/pilha-de-moedas-formando-um-grafico_11433289