Política industrial tem como metas para 2033 a produção nacional de 70% de medicamentos, vacinas e insumos no setor da saúde, por exemplo
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou na semana passada um plano com metas para a industrialização do país, batizado de “Nova Indústria Brasil”.
Política industrial brasileira
Estão previstas para a nova política industrial do país: linhas de crédito, subvenções governamentais, e a exigência de conteúdo local na produção industrial, para fomentar empresas nacionais.
Além disso, com metas para os próximos dez anos, a nova política é destinada especificamente para seis tipos de áreas de negócios:
- agroindústria;
- bioeconomia;
- complexo industrial de saúde;
- infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade;
- transformação digital;
- e tecnologia de defesa.
CNDI
A proposta foi construída ao longo do último semestre pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que é composto por membros de 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos.
Por sua vez, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) se reuniu nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, para aprovar a nova política industrial. Durante a reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entregou o texto da “Nova Indústria Brasil”, juntamente com um plano de ação para o período 2024 a 2026. Após a reunião, have o lançamento oficial.
Metas para 2033:
- Aumentar a participação do setor agroindustrial no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário para 50%;
- Alcançar 70% de mecanização nos estabelecimentos de agricultura familiar;
- Produzir internamente 70% de toda a demanda interna por medicamentos, vacinas, equipamentos e demais insumos e tecnologias;
- Reduzir o tempo de deslocamento de casa para o trabalho em 20% (na parte de moradia e mobilidade);
- Transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras, com priorização de novas tecnologias, como robótica avançada;
- Reduzir em 30% a emissão de gás carbônico na indústria e ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
- Obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa (na parte sobre a defesa nacional).
Neoindustrialização
Vale destacar também que a nova política industrial está dentro do escopa da chamada “neoindustrialização”, repetidamente mencionada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDIC).
Com o propósito de “fortalecer” a indústria nacional, a previsão do governo é de que nos próximos quatro anos os investimentos superem R$ 100 bilhões, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), por exemplo.
*Foto: Reprodução/ Política industrial: Governo lança plano com estímulos a empresas nacionais