Anunciada pela Petrobras no final de fevereiro, a decisão de encerrar as atividades da sede administrativa na capital paulista pode levar a uma demissão em massa.
Porém, a empresa pretende realocar parte do pessoal, mas admitiu não conseguir manter o total de 800 trabalhadores.
Deste número, cerca de 400 são empregados diretos da Petrobras, o restante é terceirizado, de acordo com dados fornecidos pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo.
O escritório de SP chamado de Edisp está situado em um edifício na avenida Paulista, onde ocupa sete andares e abriga empregados que prestam serviços a unidades operacionais da empresa no estado e na região Sul, principalmente refinarias.
Segundo Costa, parte da demissão deverá ser voluntária. Os que permanecerem na capital paulista devem ficar em repartições compartilhadas.
A redução de custos visa uma estratégia global para diminuir a presença física em alguns setores e focar na geração de valor para os acionistas, que inclui priorizar o pré-sal.
A intenção da Petrobras é realocar parte do pessoal no Rio de Janeiro, fato que o diretor do sindicato paulista, Alexandre Castilho, discorda e solicita à companhia um estudo de viabilidade dessa opção.
A Petrobras possui quatro refinarias em São Paulo e duas no Sul do país.
No ano passado, a empresa tentou vender o controle das unidades da região Sul, porém, a ação não avançou após liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que condicionava a negociação sujeita à aprovação do Congresso.
Em janeiro, a empresa retomou o processo de venda, incluindo também frações em duas refinarias do Nordeste.
O projeto inicial previa se desfazer de 60% de duas novas corporações que controlam. Cada uma com duas refinarias, dutos e terminais.
Desse modo, a estatal repassaria a um parceiro privado cerca de 25% da capacidade nacional de refino.
OUTRO LADO
A Petrobras defende que a desapropriação do Edisp deve ser encerrada até junho e deve propor uma redução de R$ 100 milhões no decorrer dos próximos quatro anos.
Além disso, estudos estão sendo feitos a fim de determinar quais atividades são indispensáveis ao edifício paulistano e quais podem migrar para outros imóveis do estado ou até mesmo para a sede do Rio de Janeiro.
Fonte: Foto de southtownboy na Freepik