Petrobras acompanha petróleo ‘minuto a minuto’, afirma CEO companhia Joaquim Luna e Silva
A Petrobras acompanha petróleo “minuto a minuto” em relação à alta nos preços do tipo Brent. Eles já superaram 100 dólares o barril após o ataque feito pela Rússia à Ucrânia. E isso antes de tomar qualquer decisão sobre os preços, disse à Reuters o presidente da companhia Joaquim Luna e Silva, nesta quinta-feira (24).
Petrobras acompanha petróleo
A Petrobras acompanha petróleo em um cenário que ainda é de muita incerteza, relata o CEO da estatal. Além disso, há a volatilidade para uma definição de eventuais reajustes. Esta medida é sempre impopular na sociedade e no meio político.
“Estamos vivendo um momento de pico de volatilidade e de extrema incerteza. Nesse cenário, vamos continuar observando minuto a minuto.”
Por outro lado, o barril do petróleo vem subindo desde o começo do ano. Porém, o câmbio tem compensado parte da pressão do petróleo para a política de paridade de preços internacionais da Petrobras.
Nesta quinta-feira, o petróleo Brent ultrapassou a marca de 100 dólares o barril pela primeira vez desde 2014. Com isso, ele subiu quase 7% para quase 104 dólares por volta de 13h (horário de Brasília), o que levou a alta no acumulado no ano a romper os 30%.
Questão do dólar
Sobre o dólar, a moeda americana saltou hoje tambpem frente à moeda brasileira. Isso ocorreu após o dólar cair pelo quarto pregão seguido na véspera, a 5,0033 reais, atingindo o menor valor desde 30 de junho de 2021 (4,9764 reais). Mas no ano, o dólar ainda registra recuo de cerca de 8%.
Teleconferência de resultados da companhia
Todavia, as afirmações de Luna ecoaram falas de executivos em teleconferência de resultados da companhia, nesta quinta. Na ocasião, eles detalharam o lucro recorde de 2021 de mais de 100 bilhões de reais.
Para Cláudio Mastella, diretor-executivo de Comercialização e Logística da Petrobras, a companhia avaliará os impactos da alta volatilidade dos preços do petróleo no mercado internacional, antes de tomar qualquer decisão sobre os preços.
“Não tenho uma resposta fácil nem simples neste momento, o fato é que devemos continuar observando o mercado por mais algum tempo e observando em paralelo a evolução do câmbio no Brasil.”
Desvalorização do dólar frente ao real
No entanto, ele disse ainda que uma desvalorização do dólar frente ao real tem permitido que a empresa mantenha, desde 12 de janeiro, os valores médios de gasolina e diesel inalterados em suas refinarias, embora tenha um avanço das cotações do barril do petróleo no exterior.
“Com relação a defasagem… em função de diversas tensões geopolíticas, a gente tem observado elevação dos preços nas ultimas semanas e, em paralelo o dólar foi desvalorizando. Com esses dois movimentos, em contraposição, a gente pôde manter nossos preços.”
Mas ele também ponderou que no momento atual há uma volatilidade muito maior para os mercados. E isso, a estatal ainda está observando, afirma.
Ele disse ainda que a petroleira segue praticando preços competitivos em equilíbrio com o mercado internacional. Porém, evitando repassar volatilidades.
“Esse equilíbrio entre preço interno e preço internacional é o que garante atendimento a mercado interno em bases econômicas, sem risco de desabastecimento, pelos diversos atores.”
*Foto: Reprodução