Empreendedores sulistas criaram marca de máscaras, a Máscara Knit, como forma de aumentar sua receita de negócios
Os sócios Pedro Benito Sprenger e Henrique Zorzi já tinham uma agência de publicidade focada em comércio eletrônico, quando se depararam com a crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. Resultado: perderam alguns clientes e precisavam movimentar a receita da empresa e, ao mesmo tempo, não queriam demitir nenhum funcionário e nem reduzir benefícios deles.
Empreendedores sulistas por trás da marca Máscara Knit
A solução para melhorar os negócios surgiu após voltarem de uma viagem aos Estados Unidos. Lá, os empreendedores sulistas identificaram um mercado em crescimento: o de máscaras faciais para combater o novo coronavírus.
Pedro e Henrique, que são da área de direito e economia, respectivamente, largaram suas áreas para abraçarem a publicidade, e fundaram a BVZ em 2010. Com uma vasta experiência, a dupla consegue se adaptar às crises Prova disso é que jamais pensaram vender máscaras de proteção facial. Mas como empreendedores preocupados que são, foram atrás dos melhores materiais e tecnologia antiviral.
Parceiros da Serra Gaúcha
Nascidos em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, os sócios teriam facilidade para encontrar o material adequado e desenvolver suas máscaras.
Além disso, o grande diferencial de suas máscaras são o conforto e segurança que agregam ao material, reduzindo riscos de contaminação. Ou seja, chega daquelas máscaras que não são tão seguras e que ainda machucam as orelhas.
O próximo passo foi contatar fábricas de malharias da Serra Gaúcha, que sofreram grandes impactos da pandemia e fazer a economia local girar. Pedro Benito Sprenger explica melhor essa ideia:
“Usamos a tecnologia e ‘expertise’ da indústria local para criar os nossos produtos. Nossa produção é toda terceirizada e todos os nossos fornecedores são da serra gaúcha ou de regiões próximas. Com a pandemia, a indústria sulista foi muito afetada, e uma das nossas principais metas é atenuar os impactos negativos produzidos na comunidade.”
Confecção
Com o acerto de fabricação local, a empresa afirma que as máscaras são produzidas, especialmente, em poliéster e poliamidas. O primeiro material é utilizado na área externa, promovendo resistência ao produto. Já o segundo reveste a área interna, conferindo conforto e é nesta parte que fica a tecnologia antiviral.
“As nossas máscaras Max95 de duas tiras têm eficácia de filtragem de 96%, ou seja, proporcionam a mesma ou mais proteção do que a N95 (PFF2), só que com mais conforto.”
Os tecidos antivirais reduzem o risco de contaminação dos usuários pela própria máscara. Os sócios orientam a lavá-las e trocar seus filtros todos os dias que a usarem. Eles reforçam que, com até 100 lavagens, as máscaras não perdem sua eficácia antiviral.
Materiais sustentáveis
E a dupla não para por aí. Eles também pensaram em impactar o menos possível o meio ambiente. Sendo assim, 50% da matéria-prima utilizada na produção da máscara Knit é composta por garrafas PET.
“Pretendemos mitigar cada vez mais o nosso impacto ambiental. Hoje, para cada máscara comprada, há duas garrafas plásticas a menos no meio ambiente.”
Outros produtos
Além da máscara Knit Max95, a Knit também vende outros produtos. São meias, óleos essenciais, manguitos e máscaras de uma só tira ou com apoio nas orelhas. Porém, estas não são do mesmo nível de proteção que seu modelo N95.
Faturamento milionário
Desde quando começaram as operações da marca Knit, a empresa se tornou um sucesso no Brasil e em outros países. Atualmente, a empresa sulista fatura, em média, R$ 6 milhões por mês.
Henrique ressalta:
“Em junho de 2020, começamos a vender para os Estados Unidos e já fizemos pedidos para o Japão, Austrália e diversos países da Europa. Nosso principal comprador, responsável por 45% das nossas vendas, é São Paulo. Por isso, no começo do próximo mês abriremos dois pontos de venda e distribuição na região.”
Equipe
Hoje, a Knit conta com uma equipe de mais de 150 colaboradores, nas áreas de: administração, atendimento, embalagem, redes sociais e expedição dos pedidos.
A sede fica em Novo Hamburgo, a poucos quarteirões da agência BVZ. Só o e-commerce próprio da empresa é responsável por 90% das vendas. Todavia, elas também acontecem por meio de parceiros estratégicos, como a Amazon e o Mercado Livre, além de farmácias e lojas esportivas.
Agora, a ideia dos empreendedores é aumentar mais o tamanho da empresa e de seu quadro de funcionários. E para isso, pretendem divulgar novos produtos associados ao mercado de bem-estar. Eles já vendem em seu site multivitamínicos que melhoram a imunidade, por exemplo.
Por fim, eles pretender tornar os produtos, embalagens e operações da Knit cada vez mais sustentáveis.
*Foto: Divulgação