Impacto da queda da taxa Selic pode resultar ainda em mais um corte, chegando a 9%
A taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central do Brasil para controlar a inflação e estabilizar a economia.
Impacto da queda da taxa Selic
O impacto da queda da taxa Selic, que é a taxa de referência para as operações de empréstimos e financiamentos de curto prazo, influencia todas as outras taxas de juros do país. E isso inclui: empréstimos pessoais, financiamentos imobiliários e investimentos.
Todavia, a Selic é multifacetada, ou seja, influencia diretamente a atividade econômica, o controla da inflação, o fluxo do capital estrangeiro e a cotação do real frente a outras moedas.
Controle da inflação
O Banco Central ajusta a taxa Selic para controlar a inflação. E quando ela está alta, o BCB pode aumentar a Selic para desencorajar o consumo e o crédito, esfriando a economia e, consequentemente, reduzindo a inflação. Inversamente, se a economia precisa ser estimulada, o BCB pode reduzir a Selic para incentivar o consumo e o investimento.
Ainda sobre o papel da Selic, o controlador e consultor de finanças Luciano Mestrich deixa claro que “o problema não é de um banco independente ou ligado ao governo. O problema é que este país tem uma cultura de viver com juros altos, que não combina com a necessidade de crescimento que nós temos”.
Influência nas taxas de juros
Uma alteração na Selic leva a mudanças nas taxas de juros de empréstimos, financiamentos e investimentos, afetando o custo do crédito para consumidores e empresas.
Atratividade para o capital estrangeiro
A taxa Selic também afeta o fluxo de investimentos estrangeiros. Neste caso, taxas mais altas podem atrair capital estrangeiro em busca de melhores rendimentos em investimentos de renda fixa, fortalecendo o real. Por outro lado, cortes na Selic podem reduzir essa atratividade, impactando o câmbio.
Crescimento econômico
Além disso, uma taxa Selic adequada é essencial para o equilíbrio entre estimular o crescimento econômico sem acelerar a inflação. Taxas mais baixas tendem a favorecer o crescimento, pois reduzem o custo do crédito, estimulando investimentos e consumo.
Por outro lado, o Brasil passa a ter uma atratividade para o capital estrangeiro menor. Neste caso, o real pode se desvalorizar tornando o custo dos equipamentos mais alto para os investidores.
Por fim, a intensidade em que estes efeitos acontecem é que definem se a redução da taxa terá um impacto positivo ou negativo no setor solar.
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