Durante evento promovido esse ano pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), foi aberto um importante debate sobre o aumento das demandas do setor logístico e quais são os desafios apresentados ao setor. Diferente de outros segmentos, essa categoria contou com um acréscimo de 27% nas vendas virtuais, isso apenas durante o primeiro ano da crise sanitária.
Para atender a nova procura que surgiu, as empresas precisaram se adaptar rapidamente à esse novo cenário. Para analisar esse desafio, conversamos com Cláudio Salituro, empresário e investidor da empresa de entregas Redefrete, segundo ele “o aumento das compras online exigiu uma reformulação das empresas de logística de todos os portes, demandando uma nova forma de atender os clientes, que se tornaram ainda mais exigentes”.
Antes da pandemia, os grandes players já atendiam bem as metrópoles, porém, com a crise sanitária e o aumento das demandas, o desafio era chegar em áreas mais remotas, o que apresentou uma oportunidade para empresas de médio e pequeno porte.
Mudanças no setor de logística
Com esse novo cenário, as empresas passaram a mudar o perfil de suas frotas. Antes, os veículos de médio e grande porte atendiam bem as necessidades, mas com a pandemia, o setor passou a entregar todos os tipos de pacotes, o que exigiu uma mudança não apenas na organização, mas também nos meios de transporte.
Outro desafio imposto está nas condições das rodovias e de algumas áreas mais remotas do país. Atualmente, apenas 12% das estradas brasileiras estão pavimentadas, sendo que 65% dessas rodovias se encontram em estado irregular. “Tudo isso, tornou o trabalho da Redefrete ainda mais desafiador e necessário”, revelou Cláudio Salituro.
O desafio das estradas
Os gastos com os deslocamentos mais lentos e possíveis acidentes acrescentaram um custo de 33% a mais no valor final da entrega. Nas áreas mais remotas, as estradas são um problema, porém, nas grandes cidades o trânsito é o maior desafio logístico.
Para melhorar essa situação, o governo federal aposta na intermodalidade – quando são utilizados dois ou mais meios de transporte. Para melhorar a estrutura das entregas, o governo elaborou o Projeto da Ferrovia de Integração Oeste Leste, que deve ser finalizado em até cinco anos.
Entrega com hora marcada
Outro desafio pós-pandemia está no aumento do nível de exigência do consumidor. A eficiência é um dos grandes desafios do setor, as distâncias precisaram ser encurtadas, hoje as entregas podem ser feitas com hora marcada, isso levou as empresas a repensarem a sua forma de atuação.
Para atender essa exigência, digitalizar os processos se tornou uma necessidade. A digitalização dos armazéns e a verticalização dos estoques aumentaram a agilidade e a eficiência logística. O uso de drones para fazer a contagem de produtos otimizou o tempo durante a elaboração de inventários, por exemplo.
Socialização com as novas tecnologias
O futuro do setor de logística pós-pandemia é cada vez mais tecnológico, o que exige a socialização de todos os departamentos com os novos recursos. “As máquinas não são sinônimo de substituição de mão de obra qualificada. São, na verdade, aliadas no desenvolvimento eficiente do setor”, completou o empresário.
Saiba quem é Cláudio Salituro
Com uma sólida carreira profissional na área de Tecnologia da Informação, com foco em ambientes críticos de alta disponibilidade, Cláudio Salituro construiu sua expertise trabalhando em diversas empresas, nacionais e multinacionais. Sua vasta experiência inclui atuação em Meios de Pagamento, Instituições Financeiras, Varejo, Telecomunicações e Prestação de Serviços.
Durante a pandemia atuou como VP de Tecnologia e Digital da Caixa Econômica, sendo o responsável pela implantação do aplicativo Auxílio Emergencial e Caixa Tem acelerando a bancarização e alfabetização digital de ao menos 36 milhões de brasileiros, além da abertura em tempo recorde de mais de 109 milhões de contas digitais, o que garantiu a distribuição segura e ágil de recursos durante o período.
Atualmente é empresário e investidor da Redefrete, uma logtech que tem o foco em fazer entregas ágeis e seguras.
Sobre a Redefrete
A Redefrete foi fundada pelo CEO Luciano Fernandes de Moraes, que dedicou sua energia para estabelecer uma empresa que proporciona serviços personalizados e inovadores em comparação com o mercado convencional. O objetivo é conquistar um lugar de destaque no setor de logística.
A empresa está em constante evolução, com a missão de tratar cada cliente de forma exclusiva, adaptando-se às suas necessidades específicas e oferecendo soluções que estão transformando a indústria de transporte.
Foto: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/kGoPcmpPT7c?utm_source=freelakit&utm_medium=referral