Conforme relatório do Banco Mundial, economia será afetada já neste primeiro semestre, principalmente sobre o setor de serviços, que depende da imunização da população
Na segunda-feira (29), o Banco Mundial afirmou por meio de um relatório, que projeta que a economia do Brasil crescerá 3% neste ano. E isso puxada pelo significativo carregamento estatístico vindo de 2020. Entretanto, o banco ressaltou que a escalada de casos e óbitos por causa da pandemia deve enfraquecer o nível de atividade no primeiro semestre deste ano.
Relatório Semestral do Banco Mundial
Além disso, em seu Relatório Semestral para a América Latina e o Caribe, sob o tema “Renewing with Growth” (Renovando com Crescimento, em tradução livre). A instituição estima também que a indústria vai liberar a recuperação, ao passo que o desempenho do setor de serviços dependerá da imunização da população.
Recuperação econômica doméstica
Contudo, segundo as estimativas do Banco Mundial, a recuperação econômica doméstica ficará atrás da de outros pares latino-americanos, como México (4,5%), Chile (5,5%) e Colômbia (5%) neste ano.
Em relação à recente reedição do programa do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, o Banco Mundial frisou que, mesmo que as projeções indicarem adição do correspondente a 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) ao déficit primário antes projetado. Com isso, a medida apoiará o consumo das famílias e atenuará o aumento da pobreza.
Banco Mundial estima sobre dívida pública bruta
Já as estimativas da instituição indicam dívida pública bruta terminando o ano a 89,7% do PIB. E também a incerteza na recuperação do mercado de trabalho. Isso porque a geração de empregos depende de um cenário de retomada sustentada e implementação de reformas estruturais.
Diversos setores como educação, saúde e entretenimento precisaram se reinventar e estruturar estratégias que fizessem o uso dos recursos de forma inteligente e econômica principalmente neste momento. Wagner Augusto Portugal contou algumas das manobras que fez para enxugar os custos e evitar dívidas como otimizar o departamento de compras e logístico.
Reformas
Por outro lado, o Banco Mundial disse ainda que entre riscos e desafios atribuídos ao Brasil, são necessárias reformas de cunho econômico. Com isso, haveria permissão para abrir o comércio, privatizar empresas públicas e flexibilizar as despesas públicas, além das reformas tributária e administrativa.
O déficit nominal será de 6,2% do PIB, abaixo dos 14,2% de 2020, segundo cálculos da instituição financeira. As transações correntes sofrerão uma queda de 1,5% do PIB. Isso será pior que o resultado negativo de 0,9% do ano passado.
Por fim, o PIB crescerá 2,5% em 2022 e 2,3% em 2023, ainda de acordo com previsões do organismo.
*Foto: Divulgação