Ministério da Saúde anunciou a campanha de multivacinação em agosto
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta anunciou em agosto a preparação de uma campanha de multivacinação para este mês, logo após participar da abertura de um congresso sobre saúde suplementar. A intenção é possibilitar que pessoas que estejam em dia com todas as vacinas possam tomá-las e ficar em dia com sua carteira de vacinação. Além disso, os registros serão realizados em uma carteira digital.
Sobre isso, Mandetta declarou à revista EXAME:
“Porque é muito difícil ter em memória qual vacina e quando tomou, se vai viajar para algum lugar que exige a vacina. O aplicativo de vacinas no meio eletrônico vem para facilitar muito o controle das famílias”.
Campanha de multivacinação
O ministro ainda ressaltou na ocasião que está atento ao controle do Sarampo em São Paulo e que o estado já havia aplicado mais de oito milhões de doses da vacina.
“Aqui em São Paulo estamos medindo dia a dia, semana a semana, e já há uma tendência de estabilização e queda. Estamos monitorando para saber como isso vai se comportar”.
Até o dia 19 de agosto foram registrados 11.206 casos suspeitos de sarampo, em que 1.797 foram confirmados, 989 descartados e 8.420 investigados. As informações são da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Na época, os casos confirmados e suspeitos foram distribuídos em 74 cidades, a maioria concentrada na região metropolitana de São Paulo. Já a faixa etária dos das ocorrências confirmadas foi de 15 a 29 anos, o que representou 46,4%.
Público alvo da campanha de multivacinação
No entanto, o ministro afirma que a campanha de multivacinação não será voltada para doses aleatórias, ou seja, a atenção da proposta é para casos específicos, como bebês com menos de 12 meses de idade. Mandetta completa:
“Estamos recomendando a vacina para crianças com menos de um ano, porque há muitas mães que não passaram anticorpos para os seus filhos porque não eram vacinadas ou não porque não amamentaram. Essas crianças quando ‘fazem’ sarampo podem ‘fazer’ de forma muito grave. O sarampo causa cegueira, pneumonia severa e pode matar”.
Porém, o ministro também afirmou que foi identificado nos meses anteriores que pessoas entre 15 e 30 anos de idade, que só haviam tomado uma dose da vacina, esta faixa etária também passou a ser prioridade, como ressaltou à mesma publicação:
“Não adianta vacinar uma pessoa de 70, 80 anos, porque ela provavelmente teve ou entrou em contato com o sarampo na época que não se vacinava, nos anos 50, 60, 70, quando tínhamos epidemias”.
Sobre as operadoras de plano de saúde
Mandetta ainda disse que o governo tem reavaliado portarias e normas constituídas nos últimos 30 anos. A ideia é desburocratizar as operadoras de plano de saúde. Com isso, pode haver a possibilidade de reduzir os gastos da empresa, que acabam sendo repassados aos cidadãos. Isso pode contribuir também para a melhora da campanha de multivacinação.
Por fim, o ministro declarou:
“Nas regras do infralegal, o que pudermos fazer para dar leveza, sim, vamos fazer. No texto em lei, o Congresso está discutindo, tem projetos em andamento, nós colaboramos dando nossas sugestões, mas é de autonomia do Congresso Nacional”.
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