Fundo para salvar empresas visa oferecer crédito a empresas que não conseguem recursos nos bancos tradicionais
Uma iniciativa entre a Itaú Asset e a RK Partners, do CEO e cofundador Ricardo K., visa ajudar empresas que não conseguem crédito nos bancos tradicionais. Para isso, a parceria gerou um fundo de ativos “estressados” (ou “distressed assets”, em tradução livre).
Fundo para salvar empresas
Sendo assim, a gestora lançou há alguns meses um portfólio em colaboração com a consultoria RK Partners, especializada em recuperação de companhias. Além disso, possui o reconhecimento no mundo dos negócios por ter participado da reestruturação de casos famosos, como os do grupo X, do empresário Eike Batista; da Odebrecht e de várias outras empresas como Bombril e PDG.
Como atuará este fundo
O fundo para salvar empresas vai atuar na concessão de crédito e na busca de soluções para resgatar companhias que enfrentam dificuldades de liquidez e depreciação de ativos, porém, que ainda trazem um potencial de voltar aos trilhos e retomar o crescimento exponencial.
Isso tudo porque, apesar de ter havido uma medida provisória do governo que, inicialmente foi criada para socorrer negócios na pandemia, passou a ser problema com a disparada da Selic neste ano. Portanto, obter linha de crédito se tornou um desafio para as companhias no país.
Trata-se do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado para pequenos negócios que tiveram que reduzir suas atividades ou até mesmo fecharem as portas. Entretanto, lançado em condições atraentes, com as menores taxas do mercado, em 2020, emprestando R$ 37 bilhões a 468 mil empresas, em 2021 o cenário mudou de figura. No caso, os R$ 25 bilhões previstos para o ano vigente se esgotaram em poucos meses.
Expertise
E é exatamente a expertise de Ricardo K, da RK Partners é que pode ajudar tais empresas. Ele explica que hoje a consultoria possui mais de 400 empresas com dívidas acima dos R$ 150 milhões “e em uma situação na qual as garantias já estão todas tomadas em instituições”. Ele afirma ainda que se trata de empresas muito “alavancadas para os bancos aceitarem o risco de mais crédito, mas que precisam de apoio para retomar o rumo”.
Atuação em 3 frentes
O fundo criado como fruto desta parceria vai atuar em três frentes:
- na concessão de crédito;
- na compra com deságio de dívidas em situações especiais (“special situations”);
- e oportunidades táticas de aquisição de recebíveis, capital de giro ou outros ativos financeiros de curto prazo.
Captação
Vale destacar que no começo deste ano, a parceria visava também a captação por um período de quase dois meses, em que o público alvo seria: investidores profissionais, especialmente do segmento de Private, além de investidores institucionais onshore, Wealth Family Offices e fundos de pensão.
Foto: Reprodução/Unsplash