Redução de contrato do KC-390, na visão de analista do Bradesco BBI, é negativa para a companhia aérea
Na última sexta-feira (12), as ações da Embraer recueram mais de 8%. O motivo foi a decisão da FAB (Força Aérea Brasileira) em anunciar uma redução de contrato do KC-390. Tais contratos são desenvolvidos em parceria com a empresa aérea.
Vale lembrar que no mês passado, o BNDES aprovou um financiamento para a Embraer que venderá 24 aviões para a americana SkyWest Airlines até abril de 2022. Isso prova que outras empresas querem fazer negócios com a empresa aérea.
Redução de contrato do KC-390 – por que?
Em nota, a Aeronáutica afirmou que iniciou a negociação em anril com a companhia para da redução de contrato do KC-390. Sendo assim, haveria a diminuição da quantidade contratada em 2014, passando de 28 para 15 aeronaves. Emntretanto, o processo foi estendido e encerrou com a não aceitação da proposta da Aeronáutica pela Embraer.
“Considerando a decisão da Embraer e a impossibilidade de permanecer com a execução do contrato nas quantidades atuais, a Força Aérea Brasileira…iniciará, dentro dos limites previstos na lei, os procedimentos para a redução unilateral dos contratos de produção das aeronaves KC-390.”
Medidas legais
Por outro lado, a Embraer disse em comunidado que buscará medidas legais para proteger a encomenda das 28 aeronaves encomendadas pela FAB.
“Tão logo seja formalmente notificada pela União, a companhia buscará as medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos, bem como avaliará os efeitos da redução dos contratos em seus negócios e resultados.”
Contrato de 2014
Em 2014, a Embraer e o Comando da Aeronáutica assinaram contrato para a produção do cargueiro KC-390, no valor R$ 7,2 bilhões em valores da época. Porém, a primeira aeronave foi entregue à FAB apenas em 2019.
Analista do Bradesco BBI
Já na opinião estratégica de analista do Bradesco BBI, a notícia repercute de forma negativa para a Ebraer. Isso porque “dado que esta decisão pode reduzir seu backlog (carteira de pedidos)”.
Entretanto, ele avaliou ainda que a empresa obteve novos pedidos de Portugal e Hungria, o que confirma o interesse de outros países na aeronave.
Por fim, na sexta-feira, por volta de 15:30, as ações da Embraer recuavam 7,3%, a R$ 21,31, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que apresentava declínio de 1,1%. E no pior momento, os papéis chegaram a R$ 21,05, queda de 8,4%.
*Foto: Divulgação