TSE nas eleições 2022 firmou parceria também com outras cinco plataformas digitais
Há alguns dias o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou parceria com o Facebook e outras cinco plataformas digitais. O objetivo que é de ordem política diz respeito ao combate à disseminação de notícias durante as eleições deste ano.
TSE nas eleições 2022
O papel do TSE nas eleições 2022 terá uma ação coordenada de combate às fake news. Além disso, houve um evento virtual para a assinatura dos acordos com as plataformas digitais de compartilhamento de mensagens e vídeos. A transmissão ao vivo ocorreu pelo canal do TSE no YouTube.
A primeira rede social a aderir foi o Facbook Brasil, que também detém o controle do Instagram. Segundo a represente das duas plataformas, Natália Paiva, as medidas tomadas vão assegurar a propagação de conteúdos legítimos e confiáveis sobre as eleições.
“A integridade das eleições no Brasil é uma absoluta prioridade para o Facebook e o Instagram. E esse trabalho, desenvolvido com o TSE ao longo dos anos, e em especial no ano passado, foi fundamental para consolidar as diversas iniciativas que foram pactuadas.”
Ela disse ainda que esse entendimento com a Justiça Eleitoral permitiu às duas redes sociais darem passos mais expressivos para aprofundar essa relação, uma vez que ela é multissetorial no combate à desinformação.
Posicionamento do presidente do TSE
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE:
“As eleições são um momento importante da vida brasileira e da democracia. E estamos preocupados e empenhados em preservar um ambiente de debate livre, amplo, robusto, mas que preserve certas regras mínimas de legalidade e de civilidade. Portanto, estamos empenhados em combater o ódio, a criminalidade difundida on-line e teorias conspiratórias de ataques às democracias.”
Além disso, ele afirmou que é necessário disseminar ainda mais informações verdadeiras no universo digital. Isso porque as plataformas digitais e os aplicativos de mensagens instantâneas são hoje um grande espaço público. E isso “apesar de serem empresas privadas, por onde trafega boa parte das informações, opiniões, ideias e notícias”.
Fake News
Por outro lado, Barroso ressalta que, a partir do uso dessas mídias, pode, acontecer abusos por certas pessoas e grupos que só propagam notícias falsas.
“Por isso, eu acho que essas parcerias renderão bons frutos, para que possamos empurrar as fake news, a desinformação, as teorias conspiratórias para a margem da história, e permitirmos um debate público de maior qualidade.”
A parceria deve vigorar até o dia 31 de dezembro de 2022. Além de combater a desinformação contra o processo eleitoral, o principal objetivo é garantir a legitimidade e a integridade das Eleições Gerais de 2022, em outubro.
Para isso, serão previstas ações, medidas e projetos que serão desenvolvidas em conjunto pelas partes celebrantes do acordo.
Sobre o acordo com Facebook e Instagram
No documento consta que o Facebook Brasil se compromete a implementar ou a auxiliar a implementação de uma série de iniciativas para a difusão de informações confiáveis e de qualidade sobre o processo eleitoral. Isso inclui:
- a disponibilização da ferramenta de megafone para a divulgação de mensagens acerca das Eleições 2022;
- a disponibilização de um rótulo eleitoral no Facebook e no Instagram que direcionará os usuários a informações oficiais sobre o pleito;
- o desenvolvimento conjunto de stickers sobre eleições para a plataforma Instagram;
- e a criação de um chatbot na interface do Instagram para facilitar o acesso do eleitor a conteúdos oficiais e relevantes a respeito do processo eleitoral.
Segundo o memorando, a rede social também deve implementar iniciativas de alfabetização midiática e capacitação para combater a desinformação. São elas:
- seminários com o TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs);
produção de cartilhas educativas sobre as plataformas;
workshops sobre discurso de ódio e extremismo com servidores e equipes de comunicação da Justiça Eleitoral;
e nova versão, com o apoio do TSE, do Guia de Mulheres na Política, elaborado pelo Facebook, sobre a participação feminina em eleições.
Por fim, o segundo memorando de entendimento, o Facebook Brasil deve auxiliar a implementação de algumas ações para a rápida identificação e contenção de casos e práticas de desinformação. Entre as quais: a criação de um canal de comunicação extrajudicial não vinculativo para a denúncia de conteúdos que veiculem desinformação relacionada ao processo eleitoral.
*Foto: Reprodução