Número de famílias endividadas no Brasil tem dados atualizados; confira
A porcentagem de famílias com dívidas a vencer no Brasil subiu 0,2 ponto percentual no mês de junho. Sendo assim, a porcentagem total de famílias endividadas no país subiu para 78,5%. Além disso, deste total, 18,5% estão em uma situação grave de endividamento.
Vale destacar que nem sempre as famílias podem ou correm atrás de ajuda especializada como a da empresa O Solucionador, por exemplo, para sair dessas dívidas. Há outras empresas também no mercado, focadas em renegociação de débitos em atraso. Procure uma em sua cidade ou por pesquisa em sites confiáveis.
Número de famílias endividadas no Brasil
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este é o maior número da série histórica, que teve seu início em 2010. O atual número de famílias endividadas no Brasil se baseia nos dados sobre as dívidas de quem integra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), que é apurada todos os meses pela CNC.
Diante deste cenário, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as dívidas vêm crescendo na economia brasileira. E, consequentemente, isso afeta diretamente a capacidade de consumo e o poder de compra das famílias. Em texto divulgado depois dos resultados negativos de junho, a CNC afirmou o seguinte:
“O equilíbrio entre os objetivos de estabilidade de preços e o crescimento econômico é um desafio a ser perseguido e que será determinante para a retomada do desenvolvimento do País.”
Número de inadimplentes no Brasil
Além disso, cresce ainda mais o número das famílias brasileiras que tem dívidas a vencer. Com isso, aumenta a inadimplência no país. Dessa forma, o total de famílias com débitos em atraso cresceu 0,1 ponto percentual, atingindo a marca dos 29,2%. Já em relação ao total de consumidores com contas atrasadas, 40% iniciaram o mês de junho sem condições de quitar os valores em aberto. O resultado corresponde ao maior índice desde agosto de 2021.
Mercado de trabalho
Por outro lado, de acordo com a economista responsável pela pesquisa da CNC, izis Ferreira, o mercado de trabalho teve uma evolução positiva. E a inflação está caindo. Entretanto, esses fatores não foram suficientes para retirar da inadimplência a grande parte dos endividados no Brasil.
“A proporção de consumidores com dívidas atrasadas voltou a crescer após seis meses de queda, assim como o contingente dos que afirmam que não terão condições de quitar dívidas atrasadas de meses anteriores.”
Inclusive, para ela, o que dificulta a melhora dessa situação são os juros elevados.
Dívidas em atraso há mais de 3 meses
Neste cenário, os consumidores com dívidas atrasadas há mais de três meses também cresceram no mês de junho. neste caso, ao final do mês, esse índice chegou a 46% do total de inadimplentes. Ferreira explica que isso significa que a cada 100 endividados, 46 estão com as dívidas atrasadas há mais de três meses. “E a proporção vem crescendo”, disse.
Dívidas por regiões do país
Com relação às regiões brasileiras, o Sul e o Sudeste foram as que demonstraram maior aumento no número de famílias com dívidas. Todavia, de modo geral, a população do Estado de Minas Gerais é a mais endividada, chegando a incríveis 94,9%.
Na lista dos estados com maior número de famílias com dívidas, Minas Gerais é seguido de perto pelo paraná, com 94,7%, e Rio Grande do Sul, com 93,9%. Por outro lado, Mato Grosso do Sul apresentou o menor índice de endividamento do Brasil, com 59,1%, seguido pelo Pará, com 62% e pelo Piauí, com 65%.
Por fim, ainda no texto da CNC, a economista complementou:
“Com a absorção de pessoas com menor nível de escolaridade pelo mercado de trabalho e programas de transferência de renda mais robustos, um avanço mais expressivo entre as famílias de renda baixa vem sendo contido.”
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/empresario-trabalhando-com-contas_5767022