Nova Indústria Brasil foi pauta da última edição do Sest Convida, em Brasília
No fim de junho, a Nova Indústria Brasil foi pauta da última edição do Sest Convida, em Brasília. Na ocasião, a secretária-executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) destacou também a importância das empresas estatais no fomento de desenvolvimento do país.
Nova Indústria Brasil
O evento focou no papel das empresas públicas no contexto da Nova Indústria Brasil (NIB). Trata-se da política de neoindustrialização a ser implementada pelo governo federal nos próximos dez anos.
Tal política coloca a indústria como base do processo de melhoria das condições sociais, econômicas e da qualidade de vida do Brasil. É uma política de Estado construída no âmbito do CNDI, um conselho democrático formado por 20 ministérios, além do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 21 conselheiros representantes da sociedade civil.
Além disso, a política de neoindustrialização do Brasil reflete um compromisso do governo com o desenvolvimento sustentável, a inovação tecnológica e a responsabilidade social. Neste caso, as estatais têm um papel essencial nesse processo, atuando como motores de desenvolvimento e modernização do país.
Modernização
Já em relação à modernização dessas empresas é preciso planejamento que envolva uma contribuição lógica para as missões previstas no plano de neoindustrialização do Brasil. Um exemplo claro desta modernização é o papel dos Correios na Estratégia Nacional de Governo Digital, que parte de um conjunto de recomendações estratégicas com o propósito de articular e direcionar as iniciativas de governo digital entre todos os entes federados, de modo a expandir e simplificar o acesso do cidadão aos serviços públicos.
Os Correios vão cumprir um papel central nessa estratégia digital, uma vez que irão disponibilizar a plataforma GOV.BR para todos os cidadãos. Além disso, não há nenhuma empresa privada que tenha a capilaridade dos Correios, e é por puro desinteresse mesmo. Sendo assim, a empresa pública tem a capacidade de chegar em todos os lugares.
Salvando empresas
Por outro lado, a secretária-executiva do CNDI chamou a atenção no que diz respeito à situação precária das estatais e a necessidade de salvar as empresas. “Houve processos históricos de desconstrução do processo estatizante do nosso país. Esse processo de indução via Estado de desestatização precisa ser revertido e passar a ser visto de maneira estratégica”.
Ela citou como exemplo a Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), que garante ao Brasil algo que ele não faz atualmente, que são os semicondutores. É necessário que este centro garanta a entrega ao Estado a ciência e tecnologia.
Vale destacar ainda que a estatal, única fabricante de microchips do país, que chegou a produzir 100 milhões de unidades, esteve na lista de extinções de governos passados. Entretanto, seu processo foi revertido na atual gestão. A companhia ficou dois anos fora do mercado, perdendo clientes, fornecedores e equipe técnica. Portanto, “é preciso salvar nossas estatais e colocar elas a serviço do nosso desenvolvimento. O governo tem projeto e o Brasil tem jeito”, concluiu a secretária.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-assinando-documentos-ao-receber-entrega-em-domicilio-de-um-mensageiro_25777281.htm#fromView=search&page=1&position=15&uuid=d3223ac3-6d6d-484d-8582-1658afb252de