Nova rodada do auxílio emergencial pode exceder mais que o previsto na PEC Emergencial, ou seja, mais de quatro parcelas
A equipe econômica já trabalha com a possibilidade de que a nova rodada do auxílio emergencial dure mais do que os quatro meses que constam na PEC Emergencial. A informação veio de quatro pessoas com conhecimento do assunto.
Nova rodada do auxílio
Atualmente, a proposta possibilita que o governo pague um benefício médio de R$ 250, entre março e junho. Porém, desta vez, o montante vai contemplar 40 milhões de pessoas. Por outro lado, a iniciativa custará R$ 44 bilhões.
Gravidade da pandemia
Entretanto, a gravidade da pandemia no Brasil trouxe preocupações de que esse valor não é suficiente, afirmaram as pessoas que estão a par do assunto. Mas elas pediram anonimato, pois as discussões não são públicas. Apesar do valor menor, estima-se que o auxílio emergencial 2021 contribua com 0,2% do PIB deste ano.
Últimos ajustes
Todavia, ainda não está claro quanto mais poderia ser gasto, além de uma decisão final que não foi tomada. Esta depende do ritmo da campanha de vacinação do país, de acordo com as fontes. O Ministério da Economia não comentou.
Equilíbrio fiscal
Contudo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negociou com os parlamentares que o orçamento do novo programa fique limitado na PEC, em razão do crescente temor com o equilíbrio fiscal do país.
Após um déficit recorde de quase 9,49% do PIB no ano passado, os investidores precificam uma alta de pelo menos 0,50 pp da Selic na reunião do Copom na próxima semana.
A solução para mais auxílio, afirmam duas pessoas, seria editar uma nova PEC caso isso seja necessário. Propostas para aumentar gastos, dizem, costumam ser aprovadas com mais rapidez.
A maior parte do estímulo do ano passado foi usada no pagamento do auxílio emergencial, direcionado principalmente a trabalhadores informais que ficaram sem renda por causa do fechamento da economia nos estados. A ajuda começou em R$ 600 em abril, foi reduzida para R$ 300 em agosto e terminou em dezembro. O programa custou R$ 321 bilhões e beneficiou quase 70 milhões de pessoas.
O plano do Ministério da Economia era retomar a agenda de reformas em 2021. Mas o Brasil vive hoje a pior fase da pandemia. Casos e mortes aumentaram desde o final de 2020, deixando hospitais à beira do colapso e pressionando os governadores estaduais a impor uma nova rodada de restrições severas.
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