Apesar do aumento na entrada de novos alunos nas universidades por intermédio de programas de apoio como o ProUni (Programa Universidade para Todos) e através do sistema de cotas nas instituições públicas de ensino superior, a permanência dos estudantes se mostra um desafio.
O custo da mensalidade não é o único problema enfrentado por alunos do ensino superior, uma vez que ele está dentro da universidade, existem gastos adicionais como transporte, alimentação, além de uma deficiência educacional originada de um sistema desatualizado.
“Cursar uma universidade é uma atividade difícil, que requer longas horas de estudo, dedicação e empenho de quem se propõe a ter uma formação superior.”, declarou Ernesto Heinzelmann, empresário, conselheiro administrativo e Co-fundador do Projeto Resgate, que tem o objetivo de conectar pessoas de baixa renda a oportunidades que lhes permitam ascender socioeconomicamente.
Projetos de incentivo à educação
O programa Apoio Solidário organizado por professores do Departamento de Economia da PUC-Rio, oferece suporte financeiro, psicológico e pedagógico para os estudantes de baixa renda.
O Apoio Solidário começou a sua jornada doando livros e, com o financiamento dos professores e da coordenação do curso, eles ajudam os alunos com gastos de transporte e alimentação. Outra forma de apoio está no oferecimento de oportunidades de estágios, onde os bolsistas mais experientes dão aulas para estudantes que possuem alguma deficiência no conhecimento prévio.
“Louváveis as iniciativas e certamente farão grande diferença a muitos estudantes. Além disso, eles podem se ajudar mutuamente […]. Quem sabe mais, ensina quem sabe menos. […] Há, portanto, necessidade urgente de um salto de qualidade nos ensinos fundamental e médio, para que os estudantes que chegam à universidade, bolsistas ou não, consigam aprender o que a profissão e o mercado exigirão deles logo à frente.”, defende Ernesto Heinzelmann.
Outros incentivos importantes
Este ano, o Programa de Apoio à Permanência Estudantil da USP recebeu um incentivo de R$188 milhões, 58% a mais do que em 2022. Na UFMG, dos 33,5 mil estudantes, cerca de 35% recebem algum auxílio estudantil, tanto que, entre 2013 e 2019 houve uma taxa de desistência de apenas 27% entre os cotistas da universidade.
O Ministério da Educação também promove projetos de incentivo. Os programas Bolsa Permanência (PBP) e Bolsa Permanência ProUni (PBP ProUni) concederam bolsas e estímulos aos estudantes de baixa renda. No PBP, foram cadastrados 93.424 estudantes entre 2013 e 2022, já o PBP ProUni concedeu bolsas a 31.467 estudantes entre 2006 e março deste ano.
“O diagnóstico e as iniciativas estão muito bem colocadas e merecedoras de apoio por parte da sociedade. Dar oportunidade de ensino superior a uma parcela maior de estudantes, em particular, os que têm menores chances de consegui-lo, é louvável, desde que não afete o nível de ensino dos cursos superiores e a colocação de profissionais bem formados e com conhecimentos para um bom exercício profissional no mercado.”
“Sem isto, a conta será paga de outra forma e com mais rigor, por parte de toda sociedade. Médicos incapazes e que colocam vidas em risco, engenheiros que dimensionam obras incorretamente, economistas que não projetam cenários corretamente, educadores que não sabem ensinar, para dar alguns exemplos. ”, disse Ernesto Heinzelmann.
Ernesto Heinzelmann: sua trajetória
Ernesto Heinzelmann é um empresário de sucesso, cujas ações estão conectadas ao coletivo e à inovação. Sua atuação abrange várias áreas que contribuem para acelerar projetos e ser um agente de transformação social.
Como executivo, Ernesto Heinzelmann dedicou 33 anos de sua carreira à Embraco. Ele foi o criador do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e se tornou diretor em 1989, levando a empresa à liderança tecnológica mundial. Em 1993, aos 39 anos, foi nomeado presidente, liderando o processo de globalização da empresa.
Durante sua gestão, a empresa recebeu inúmeros reconhecimentos, incluindo o título de Empresa do Ano pela revista Exame em 1994, Melhor Empresa do Ano no Setor de Máquinas e Equipamentos, Prêmios de Excelência Empresarial pela FGV (2001 e 2003), Prêmio de Inovação Tecnológica pela FINEP, liderança mundial em tecnologia e market share global, destaque entre as melhores empresas para se trabalhar no Brasil e América Latina por anos consecutivos, e inclusão na lista das “New Champions” do World Economic Forum em 2007, um reconhecimento concedido a apenas 5 organizações no mundo.
Agente de transformação
Ernesto Heinzelmann acredita que a educação é um importante agente de transformação social, por esse motivo, usa a sua expertise e influência para promover ações de incentivo à educação e cultura de crianças e jovens. Além da sua participação no projeto Resgate, no Musicarium Academia Filarmônica Brasileira, Ernesto percebeu a oportunidade de trazer um aspecto cultural para Joinville, sua cidade natal. Ele se apaixonou pela ideia de oferecer às crianças a chance de seguir uma vocação e se tornarem profissionais da música.
O objetivo da instituição é oferecer uma educação de excelência, humanista e formar cidadãos líderes. Graças ao envolvimento de Ernesto, a importância do Musicarium foi reconhecida por empresários de todo o país, que agora contribuem para a manutenção das bolsas dos alunos e para a construção de uma nova sede, que ampliará o atendimento para 500 jovens.
Atualmente, Ernesto Heinzelmann ocupa a posição de Presidente da Heinzelmann Consultoria Empresarial e também é Presidente dos Conselhos de Administração de diversas empresas, como Portinvest, Rôgga Empreendimentos Imobiliários, Instituto Core e Musicarium Academia Filarmônica Brasileira. Além disso, é membro do Conselho Consultivo da BroadSpan Capital, membro do Conselho Administrativo do Porto Itapoá e co-fundador do Projeto Resgate.
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