Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em setembro a indústria no Brasil registrou o menor nível desde outubro de 2017. Além de um recuo na confiança do setor, as perspectivas para os próximos meses também não são positivas, isso se deve pela instabilidade do cenário político, tendo em vista, as incertezas da corrida presidencial.
O chamado Índice de Confiança da Indústria, ou ICI, caiu 3,6 pontos, atingindo 96,1 pontos no mês de setembro, sendo o menor valor em menos de um ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas.
Segundo declaração dada a Reuters por Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV/IBRE, essa queda está diretamente ligada a uma instabilidade natural, que acontece durante os períodos eleitorais. Ainda segunda ela, existe uma disseminação negativa por quase 75% dos segmentos e em todos os indicadores que compõem o Índice de Confiança da Indústria.
Os resultados negativos do Índice de Confiança da Indústria no mês de setembro, também tiveram influência na queda de 4,3 pontos do Índice Nacional de Expectativas do Consumidor, usado para indicar a tendência de consumo das famílias, que passou para 97,1 pontos.
Outro padrão que sofreu queda e impactou no ICI foi o Índice da Situação Atual (ISA), que recuou de 2,7 pontos e atualmente está com 95,2 pontos. Apesar desses dados, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), dado que aponta o volume produzido pela indústria, cresceu 0,9 ponto no mês de setembro, indicando 76,9%.
Em todos os segmentos, o Brasil está envolvido por incertezas, a decisão de um novo Presidente da República pode mudar o rumo do que vivemos hoje para melhor, ou pior. Tendo em vista que a taxa de desemprego está elevada, além das dificuldades da indústria de engrenar, faz com que as empresas invistam menos, o que impacta em todos os índices vistos anteriormente.
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