Choque na cadeia de suprimentos chegou a ter setor que pensou que a demana por bens desaceleraria em meados de 2022
Nesta segunda-feira (14), o economistachefe da Organização Mundial do Comércio (OMC) disse que os gargalos no comércio global são mais o resultado de picos de demanda do que de problemas na cadeia de suprimentos, com a pressão que deve diminuir nos próximos meses.
Choque na cadeia de suprimentos
Além disso, a OMC havia pensado em outubro que a demanda por bens desaceleraria em meados de 2022. Entranto, isso foi antes que a variante ômicron do coronavírus levar a restrições à atividade. Isso inclui o adiamento da reunião ministerial da OMC, impactando mais ainda a economia do país.
De acordo com Robert Koopman, economista-chefe do órgão, os consumidores continuaram a direcionar as despesas aos bens em vez de serviços. Isso porque não podiam ou preferiram não jantar fora ou viajar nas férias.
Comércio de mercadorias
Por outro lado, Koopman destacou que para o comércio de mercadorias, o excesso de demanda explica provavelmente de dois terços a três quartos da aparente escassez de bens. Em declaração à agência Reuters, ele ressaltou:
“Ainda permanece que essa mudança de composição na demanda, apoiada por políticas fiscais e monetárias apropriadamente agressivas e rápidas, resultou nesse cenário em que muitas pessoas escrevem sobre interrupções na cadeia de suprimentos.”
Ele ainda afirmou que diz confiante de que nos próximos três ou quatro meses o país verá as “pressões inflacionárias serem reduzidas”. Neste caso, o economista se refere à maioria dos bens comercializados e sem considerar um novo choque geopolítico ou sanitário.
Porém, algumas empresas vêm alertando que os canais comerciais ficaram tão obstruídos que pode demorar até o próximo ano para que os negócios voltem ao normal.
*Foto: Unsplash