Especialistas do hospital, referência em terapia intensiva, analisaram a pesquisa que revelou que 90% dos brasileiros internados em UTIs recebem alta
Um levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) divulgado no final de 2024, revelou que 90% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Brasil conseguem se recuperar e receber alta hospitalar. O dado aponta para a eficácia do tratamento intensivo no país, mas também evidencia desigualdades regionais e entre os sistemas público e privado de saúde.
De acordo com o estudo, a taxa de mortalidade em UTIs da rede pública é de 27%, enquanto nas instituições privadas o índice é de 11%. A diferença se relaciona, principalmente, ao estágio mais avançado das doenças com que muitos pacientes chegam às UTIs públicas, devido à dificuldade de acesso prévio à atenção básica.
O estudo também apontou disparidades regionais. O Nordeste apresenta a maior taxa de mortalidade em UTIs, com 24,53%, seguido por Sudeste (23,18%), Norte (20,45%), Centro-Oeste (15,22%) e Sul (14,75%). A média nacional é de 16,29%.
Principais causas de internação em UTIs
As principais causas de internação em UTIs no Brasil incluem sepse (30,79%), doenças cardiovasculares (26,68%), distúrbios neurológicos ou psiquiátricos (12,81%), problemas respiratórios (6,4%) e gastrointestinais (4,58%).
De acordo com especialistas do Hospital AmericanCor – referência em terapia intensiva do Rio de Janeiro – a sepse continua sendo a principal responsável pelas admissões, representando um desafio constante para as equipes médicas.
Entre os sinais de alerta da sepse incluem: febre alta, taquicardia, respiração rápida (taquipnéia), confusão mental, pressão arterial baixa (hipotensão) e diminuição na produção de urina. Esses sintomas indicam que o corpo está lutando contra uma infecção grave e exigem atenção médica imediata.
Comparação internacional
Quando comparado a outros países, o Brasil apresenta uma taxa de mortalidade em UTIs compatível com a média global. Segundo dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a mortalidade nas UTIs brasileiras gira em torno de 16%, um número considerado estável diante do perfil epidemiológico do país.
Essa taxa coloca o Brasil em patamar semelhante ao de nações com sistemas de saúde públicos consolidados, como Espanha e Portugal, que registram índices entre 15% e 20%, dependendo da complexidade dos casos e da faixa etária atendida.
Questionados sobre o perfil dos pacientes internados em UTIs no Brasil, os especialistas do AmericanCor revelaram uma predominância de idosos, com idade média de 63 anos. Entre as comorbidades mais frequentes estão a hipertensão arterial, presente em 66,6% dos casos, e o diabetes, em 33,9% dos pacientes.
Apesar das limitações enfrentadas no Brasil, como desigualdade na distribuição de leitos e escassez de equipes especializadas em regiões remotas, o desempenho das UTIs tem sido consistente. Parte desse resultado é atribuído à presença de médicos intensivistas em grande parte das unidades — o que nem sempre ocorre em países com sistemas mistos ou privatizados.
Sobre o AmericanCor
O Hospital AmericanCor oferece atendimento médico de em diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, com foco no cuidado humanizado. Sua UTI possui tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar, além de contar com serviço de UTI Móvel 24 horas.
Entre as especialidades atendidas estão cardiologia, neurologia, gastroenterologia e diversas cirurgias, como cardíaca, vascular e plástica. A instituição prioriza o bem-estar emocional dos pacientes, proporcionando um ambiente acolhedor, suporte psicológico e acompanhamento pós-CTI.
Destaque para sua infraestrutura planejada por especialistas, incluindo suítes de alto padrão, garantindo conforto e qualidade no atendimento. O hospital busca se consolidar como referência em CTI Humanizado.
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