Ações da Copel podem colocar companhia para migração Nível 2 de governança corporativa, segundo decisão do conselho de administração
Na quinta-feira (21), o governo do Paraná anunciou que deve buscar um preço mínimo para a venda de parte de suas ações na Copel (Companhia Paranaense de Energia). A estratégia se deve a uma lei estadual que não aprova negociação dos ativos abaixo do valor patrimonial. Atualmente, este piso está em torno de R$ 73 por papel, revela o presidente da companhia, Daniel Slaviero.
Ações da Copel
Sendo assim, na véspera (20), a estatal anunciou que seu conselho de administração aprovou recomendação para migração a Nível 2 de governança da bolsa B3. Mas isto será decidido em assembleia de acionistas.
No entanto, o governo do Paraná condicionou a aprovação da proposta à venda de parte de sua fatia nos negócios da companhia de energia, embora prevendo manter o controle.
Em contrapartida, ao ser perguntado a oferta das ações da Copel em relação ao preço mínimo, o CEO da Copel, respondeu referente à legislação estadual:
“O que acontece se o governo não conseguir realizar a oferta por causa do preço mínimo? A empresa continuará no Nível 1.”
E ainda ressaltou:
“Essa conta de referência, considerando o terceiro trimestre, esse valor seria ao redor de R$ 73.”
O executivo ainda concluiu dizendo que “seria muito para a companhia migrar para o Nível 2”.
Oferta secundária
Contudo, o governo paranaense espera realizar sua venda em uma oferta secundária. Isso acompanha um movimento do braço de participações do BNDES para vender ações que detém na Copel. Para este feito, o BNDES contratou o BTG Pactual para coordenar a operação.
Sobre isso, Slaviero afirma:
“O BNDES a gente sabe que eles têm sim um preço mínimo também, mas um preço mínimo interno, não é conhecido por nós.”
*Foto: Divulgação