Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média de desemprego no primeiro trimestre de 2019 foi de 12,7%. Em relação ao último trimestre encerrado em dezembro de 2018, houve um aumento de 1,1%. Porém, em comparação com o primeiro trimestre do ano passado (13,1%), ocorreu uma queda.
Atualmente, o número de desempregados no Brasil já passa dos 13,3 milhões. Esta base de estudo do IBGE considera tanto os empregos com carteira assinada quanto os informais. Diferente do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que considera desempregados apenas o que estão sem carteira assinada.
PNAD CONTÍNUA
As informações anunciadas pelo instituto compõem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. Todavia, o estudo não utiliza apenas os trimestres habituais, mas também períodos móveis, como: março, abril e maio, por exemplo.
A pesquisa é feita em 211.344 casas e atinge cerca de 3.500 cidades. Para o IBGE, desempregado é aquele que não está trabalhando no momento e que procurou alguma ocupação nos últimos 30 dias em relação à semana em que os dados do estudo foram coletados.
De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, 1,2 milhão de pessoas ficaram desempregadas e, consequentemente, ficou difícil recuperar esta fase da carteira de trabalho.
MERCADO INFORMAL
O número de pessoas que se encontram trabalhando no país é de 91,9 milhões em comparação ao último trimestre de 2018. Portanto, houve um crescimento de 1,8% em relação ao período de janeiro a março do ano passado.
Já a categoria de trabalhadores do setor privado que atua sem carteira assinada é de 11,1 milhões. Com isso, o percentual caiu em 3,2% comparado ao trimestre anterior. Porém, em relação ao mesmo trimestre do ano passado, registrou acréscimo de 4,4%.
O reflexo do mercado de trabalho do primeiro trimestre de 2019 não registrou alteração aos trabalhadores autônomos em comparação com o período de outubro a dezembro do ano passado. Além disso, houve um aumento de 3,8% sobre o mesmo trimestre de 2018, atingindo 23,8 milhões de cidadãos.
O setor privado com carteira assinada alcançou 32,9 milhões de pessoas e registrou estabilidade em ambas as comparações. E o salário médio desse funcionário também foi mesmo, ou seja, R$ 2.179.
O DESÂNIMO QUE ATINGE MILHÕES DE PESSOAS
O IBGE divulgou nesta mesma pesquisa que há 4,8 milhões de cidadãos desanimados com o atual cenário de mercado de trabalho. Com isso, esses indivíduos entram na categoria dos que desistiram de procurar uma ocupação durante o primeiro trimestre de 2019. Este número indica um aumento de 3,9% em comparação com o último trimestre do ano passado. E ainda de 5,6% em relação ao mesmo trimestre de 2018.
O desalento dessas pessoas atinge 4,4% da população, considerado um recorde. Porém, não apresentou variação O percentual de pessoas desalentadas (4,4%) manteve o recorde da série e não teve variação expressiva em ambas as comparações.
Essa categoria da pesquisa é determinada por àqueles que estão fora do mercado de trabalho por fatores, como: não consegue um emprego; não possui a experiência exigida; muito jovem ou muito idoso para o cargo em questão; ou ainda não encontrou uma oportunidade próxima de sua região. Neste último quesito, se tivesse uma vaga em sua localidade, teria condições de ocupar este cargo.
QUEDA NO DESEMPREGO EM 2018
O percentual de desemprego no país deu uma folga em 2018 e ainda encerrou o ano em queda. Este feito não ocorria há três anos. Em comparação com 2017, a taxa média de desocupados no Brasil caiu 0,4%, e alcançou 12,3% da população.
Fonte: Foto de JERO SenneGs na Freepik