O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está em fase de revisão para criar meios de reduzir custos para a realização do Censo Demográfico do ano que vem.
O órgão público visa uma diminuição orçamentária, mas que não prejudique a qualidade deste serviço que é prioridade em 2020. Para isso, rever a metodologia do questionário é fundamental nesse momento.
Esses fatores se devem ao baixo repasse de verba pelo governo federal desde o mandato do ex-presidente Michel Temer. Sua equipe defendia um planejamento mais enxuto por restrições de orçamento, segundo informações do portal Broadcast (Grupo Estado).
A empresa pública solicitou desde o ano passado uma verba para aquisição de equipamentos, software específico e contratação de funcionários. No ano passado, conseguiu apenas R$ 240 milhões dos R$ 344 milhões pleiteados ao Ministério do Planejamento para investir em 2019.
Ainda em 2018, o órgão recebeu R$ 800 mil a menos que o solicitado para os preparativos da operação censitária. A verba para a realização do Censo 2020 será menor ainda. O planejamento original previa recursos no valor de R$ 3,056 milhões para o ano que vem.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em nota, o IBGE diz que o Censo Demográfico 2020 é prioridade e avalia que “o governo federal como um todo, a diretriz é de restrições orçamentárias e a realização do Censo requer a aprovação de orçamento pela União”. A companhia afirma que “várias alternativas estão sendo estudadas para viabilizar a execução do Censo e garantir a qualidade da operação”.
A intenção do órgão é reduzir os custos em 25% em relação ao planejamento inicial. Será necessário ajustar o conteúdo do questionário, priorizando quais são essenciais ao Censo e quais integrarão pesquisas de caráter amostral. A intenção dessa força-tarefa é não perder informações importantes.
Ainda não foi divulgado como será definido essa diminuição de perguntas nem de quantos recenseadores serão necessários para coletar dados. Técnicos do IBGE estão em fase de estudos de quais informações deixariam de fazer parte do Censo. As que ficarem de fora poderão integrar a coleta amostral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, por exemplo.
O órgão ressalta que a redução da metodologia e suas alterações das perguntas precisam passar por consulta de seus quatro grupos-chave: “Comissão do Censo; Comissão Técnica; Grupo de Especialistas; e Órgãos Internacionais, sem prejuízo da discussão contínua entre as áreas técnicas da Instituição”.
O instituto finaliza tranquilizando de que toda população será avisada quando o projeto final estiver terminado. “Cada item está relacionado aos demais, de modo que uma informação parcial pode desviar de um bom retrato da realidade”.
Fonte: Foto de moviafilmes na Freepik