Rodízio para pagar contas tem a ver com medida do governo para renegociação de dívidas das classes D e E, afirma Renato Meirelles, fundador do Instituto Locomotiva e do Data Favela
Na semana passada, a equipe de economia do governo anunciou o programa de renegociação de dívidas que pode atender até 70 milhões de pessoas. Sendo assim, o Desenrola Brasil vai ajudar quem ganha até 2 salários-mínimos e possui dívidas de até R$ 5 mil para poder renegociar e parcelar seus débitos a juros muito abaixo da prática do mercado.
Além disso, é importante ter em vista a prática de sempre tentar renegociar débitos em atraso. Há empresas no mercado especialistas no assunto, como a empresa O Solucionador
Rodízio para pagar contas
Em relação ao programa Desenrola Brasil, Renato Meirelles, fundador do Instituto Locomotiva e do Data Favela, explica como irá funcionar, além da repercussão na economia do país.
Renato já diz de cara que a maioria da população brasileira está em uma situação inadimplente. E no caso, a dívida foi adquirida “com crédito concedido enquanto tinha renda formal”. Diante dessa questão, essas pessoas encontram hoje as mais diversas estratégias para conseguir pagar as necessidades básicas: “61% dos endividados têm o hábito de fazer rodízio de contas para escolher que compromissos poderão honrar”.
Mais atingidos na pandemia
Em contrapartida, o fundador do Instituto Locomotiva afirma que os brasileiros que fazem parte das classes D e E foram os mais atingidos durante a pandemia.
“Nós estamos falando de uma parcela que tem a maior participação da sua renda reservado para alimentação. Nós todos sabemos que a inflação de alimentação liderou o crescimento inflacionário do Brasil nos últimos anos… Isso acaba com a ideia de que as pessoas estão inadimplentes porque são perdulárias.”