Empresa pública completou 50 anos mês passado e passa por processo de reestruturação, que inclui até demissões voluntárias
Os Correios podem sofrer um novo corte ainda neste ano que pode reduzir o quadro de funcionários em 20%, ou seja, cerca de pelo menos 20 mil servidores.
O general Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente da estatal, é contra à privatização da companhia.
Para Cunha, haveria um prejuízo do papel social que a empresa realiza em todos os municípios do país.
Desses locais, a minoria gera lucro aos Correios.
Porém, se houver uma privatização vai sobrar uma conta muito maior para o Estado pagar.
ECONOMIA E CORTES
Nos últimos anos, a empresa conseguiu alavancar o programa de demissão voluntária, além de cortes de cargos que eram dispensáveis em alguns departamentos.
Também agregou para a melhora do caixa da estatal o fato dos empregados passarem a contribuir com um percentual do salário para ajudar com os custos dos próprios planos de saúde.
Com isso, houve um lucro de mais de R$ 660 milhões para a estatal.
Entre as medidas adotadas para economizarem em 2019, entra o término do uso do plano de saúde pelos pais de funcionários.
Sobre os cortes, haverá uma reestruturação, que implica o fechamento de algumas agências.
Por exemplo, se em uma pequena delimitação houver de duas a três agências em funcionamento, somente uma permanecerá em funcionamento e assim por diante.
Os servidores dos locais que forem fechados poderão ser realocados em outros departamentos da estatal.
Caso não tenha esta possibilidade, o empregado ainda poderá ingressar em outros órgãos públicos mediante concurso público.
DISPENSA MÉDICA
Os Correios também investigam àqueles que alegam faltar ao trabalho por motivo de doença, mas que veio à tona a compra de atestados médicos.
Segundo general Juarez, a companhia possui relatório de todos os responsáveis que deram dispensa médica aos funcionários ausentes.
Se provada a fraude desses profissionais, serão denunciados aos órgãos competentes, que inclui os conselhos de Medicina.
HISTÓRIA DOS CORREIOS NO BRASIL
Os Correios estão presentes no cotidiano do brasileiro desde o período colonial, com a criação da primeira administração de postagem no Rio de Janeiro, capital federal daquela época.
A instalação inaugurada em 25 de janeiro de 1663 passou a ser a data em que se comemora o dia nacional do carteiro.
A partir de 1835, os cidadãos passaram a receber cartas de amigos e parentes, postais ou outro tipo de comunicado em suas residências.
Em 20 de março de 1969, deixou de ser um simples Departamento de Correios e Telégrafos, subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas para se tornar a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
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